el Cogumelos comestíveis no Brasil: estado atual do conhecimento, avanços e perspectivas

Nelson Menolli; Larissa Trierveiler-Pereira; Diego C. Zied; Fillipe de O. Pereira; Marcelo  A. Sulzbacher; Elisandro  R. Drechsler-Santos; Diogo  H. Costa-Rezende; Daniela  Werner; Francisco J. Simões Calaça; Denis  A. Zabin; Cristiano  C. do Nascimento; Mariana  P. Drewinski

doi:10.30550/j.lil/1879

Autores

Nelson Menolli Departamento de Ciências da Natureza e Matemática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1841-8179
Larissa Trierveiler-Pereira LEMic-UFSCar, Centro de Ciências da Natureza, Campus Lagoa do Sino, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Buri, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1276-2083
Diego C. Zied Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Dracena, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2279-4158
Fillipe de O. Pereira Grupo de Pesquisa em Fungos, Unidade Acadêmica de Saúde, Centro de Educação e Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Cuité, Paraíba, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3081-4174
Marcelo A. Sulzbacher Terroir Sul, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2059-7310
Elisandro R. Drechsler-Santos Laboratório de Micologia (MICOLAB-UFSC), Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3702-8715
Diogo H. Costa-Rezende Departamento de Biologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7381-6954
Daniela Werner Laboratório de Micologia (MICOLAB-UFSC), Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Francisco J. Simões Calaça Laboratório de Pesquisa em Ensino de Ciências – LabPEC, Centro de Pesquisas e Educação Científica, Universidade Estadual de Goiás. Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0623-8306
Denis A. Zabin Departamento de Ciências da Natureza e Matemática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1383-9502
Cristiano C. do Nascimento Laboratório de Biologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI). Piripiri, PI, Brasil https://orcid.org/0000-0001-9573-1962
Mariana P. Drewinski Departamento de Ciências da Natureza e Matemática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.. https://orcid.org/0000-0002-7299-8477

DOI:

https://doi.org/10.30550/j.lil/1879

Palavras-chave:

Conservação, divulgação científica, etnomicologia, fungicultura, micoturismo

Resumo

O Brasil é um país megadiverso, de magnitude continental e de grande importância bioeconômica no cenário mundial, além de possuir grande riqueza sociocultural e relacionada à diversidade de fungos em seus ecossistemas. A diversidade de fungos conhecida para o país está em torno de 13–14 mil espécies, incluindo cerca de 2.500 espécies de cogumelos. Mais de 400 espécies de cogumelos comestíveis silvestres já foram registradas para o Brasil, sendo mais de 80 espécies com registros consistentes de ocorrência no país. O consumo de cogumelos comestíveis silvestres no Brasil está associado principalmente ao conhecimento tradicional dos povos originários, sendo cerca de 45 espécies de cogumelos já registradas como comestíveis por comunidades indígenas. Apesar da grande diversidade de espécies comestíveis, o mercado nacional de cogumelos está concentrado na produção de espécies exóticas, com destaque para Agaricus bisporus, Lentinula edodes e Pleurotus ostreatus. Estudos bem-sucedidos de domesticação e cultivo de isolados silvestres no país envolvem mais de 20 espécies comestíveis que ocorrem naturalmente nas matas brasileiras, representando um futuro promissor para a inserção de novas espécies no mercado nacional. A produção de cogumelos comestíveis no Brasil pode auxiliar no cumprimento de alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, principalmente aqueles relacionados à nutrição e segurança alimentar, saúde e bem-estar e produção e consumo sustentáveis. Atividades de divulgação científica, ciência cidadã, popularização da ciência, micoturismo e extrativismo de cogumelos comestíveis têm ganhado destaque nos últimos anos, contribuindo para a popularização do consumo e reconhecimento de cogumelos no país. Iniciativas relacionadas aos aspectos de conservação de espécies comestíveis silvestres têm avançado no país com a inclusão de espécies na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. Neste contexto, este artigo traz um recorte do conhecimento atual, dos avanços e das perspectivas sobre os cogumelos comestíveis no Brasil.

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